"Fernando Pessoa – Uma quase-autobiografia" de José Paulo Cavalcanti Filho

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P.V.P.: 22,50 € (aqui)
Data de Edição: 2012
ISBN: 978-972-0-04410-5
Nº de Páginas: 712
Editora: Porto Editora

Monumental obra sobre Pessoa
Brasileiro José Paulo Cavalcanti Filho escreveu “quase” uma autobiografia do poeta

Fernando Pessoa – Uma quase-autobiografia, de José Paulo Cavalcanti Filho, ex-Ministro da Justiça do Brasil, é uma monumental obra sobre a vida de Fernando Pessoa. Chega às livrarias a 19 de abril, com chancela da Porto Editora.
José Carlos de Vasconcelos escreveu, na apresentação à edição portuguesa, que este é «um livro absolutamente invulgar, extraordinário, "apaixonado"» e que as centenas de páginas que tem, «se leem como um romance, acrescentam muito ao conhecimento do percurso existencial de Pessoa e dos que lhe são próximos». O jornalista e diretor do Jornal de Letras salienta ainda a inteligência e a seriedade da investigação, ressalvando, porém, o possível cariz controverso de certas conclusões.
No Brasil, a revista Veja considerou Fernando Pessoa – Uma Quase- Autobiografia «a mais completa e detalhada reconstituição que jamais se fez da vida do autor». Mas este livro foi notícia também em Espanha. O El País revelou que contém «novidades surpreendentes sobre o genial poeta português» e que colocou o «mundo das letras em polvorosa». Na generalidade dos artigos, merecem elogio o esforço notável de pesquisa por parte do autor, a amplitude da obra – personalidades como Richard Zenith, Tereza Sobral Cunha, Eduardo Galeano ou Millôr Fernandes também o confirmam – e o facto de esta conseguir desmontar mitos e lendas em torno de Pessoa.

Sobre a obra:
«Este livro, pois, não é o que Pessoa disse, ao tempo em que o disse; é o que quero dizer, por palavras dele. Com aspas é ele, sem aspas sou eu (…).
Não é um livro para especialistas, por já terem, à disposição, páginas de mais. Que contam seus poemas octossilábicos, ano a ano — três em 1919, seis em 1920, e por aí vai; ou os advérbios de modo usados, equivalentes a 2,94% das frases de sua obra; ou estudam o uso do vocativo nos seus versos; ou examinam cada palavra de Mensagem — após o que se sabe haver, no livro, dez com 13 sílabas; ou sustentam que castelos, espadas, gládios e padrões, expressões nele tão frequentes, seriam símbolos fálicos; ou relacionam o horizonte paradigmático que modifica o buraco negro da luz ofuscante da melancolia de Bernardo Soares com as teorias de um filósofo alemão da Escola de Frankfurt ou com a lituraterra da psicanálise; ou discutem o número de vezes, 125, em que neles aparece a palavra coração. Sendo mais frequente na obra, só para constar, a palavra mar — em Mensagem, 35 vezes; no seu mais longo poema, “Ode marítima”, 46; mais 13, em fragmento de uma “Ode to the sea” que escreveu como Alexander Search; muito mais, parei de contar quando o número se aproximava das duas centenas. Nem proponho uma nova interpretação de Pessoa — que também muitas existem, para todos os gostos. Reduzidos, então, os bons propósitos dessas páginas, a serem simples guia para não iniciados.»
In Um quase-prefácio


«Conheci Fernando Pessoa em 1966, pela voz de João Villaret. Foi o começo de uma paixão que até hoje me encanta e oprime.»
Enamorado desta figura de romance por escrever e de uma obra imensa que dispensa apresentação, José Paulo Cavalcanti Filho partiu à descoberta do homem que aqui nos dá a conhecer, de corpo inteiro: um Fernando Pessoa multifacetado, homem vaidoso, com dons de inventor e astrólogo, de ambições desmedidas e existência modesta; uma vida banal e triste para uma obra verdadeiramente universal.
Da reconstituição das esferas culturais da época aos pormenores do quotidiano, Cavalcanti decifra a vida por trás das palavras, a solitária multidão de um só Pessoa.

Sobre autor:
Advogado no Recife, consultor da Unesco e do Banco Mundial, ex-Ministro da Justiça.
Nasceu em 1948 e é membro da Academia Pernambucana de Letras.


Imprensa:
«A mais completa e detalhada reconstituição que jamais se fez da vida do autor.»
Revista Veja

«Vinte anos levantando fontes inéditas de Pessoa.»
Revista Época

«Novidades surpreendentes sobre o genial poeta português. Mundo das letras em polvorosa.»
El País

«Primeira biografia escrita por um brasileiro e talvez a mais ampla.»
O Globo

«Cavalcanti descobriu que podia retratar o poeta a partir de seus próprios escritos.»
O Estado de São Paulo


OUTRAS OPINIÕES
«O que o grande escritor português nos deixou é uma vida-obra, ou obra-vida, sendo uma coisa indissociável da outra. Sei que José Paulo partilha esta ideia, e sei que dedicou vários anos a documentá-la.»
Richard Zenith

«A ideia de erigir sobre o caos documental pessoa uma “quase autobiografia” diz bem do prolongado envolvimento de José Paulo com a obra do poeta e da generosa franqueza com que necessariamente a si mesmo se desvela nessa expedição.»
Tereza Sobral Cunha

«Bem-vinda seja esta descoberta de José Paulo.»
Eduardo Galeano

«Li este livro impressionante em suspense, mesmo sabendo, desde o início, que o herói morre no fim. E José Paulo revela nele a figura perfeita do anti-herói. Descreve-o com amplitude e detalhes que ele próprio não saberia repetir. Que admirável esforço perseguindo essa vida! E que admirável revelação de biógrafo!»
Millôr Fernandes

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