"O Ruído do Tempo" de Julian Barnes | Quetzal

P.V.P.: 13,95 € 
(à data da publicação deste post)
Data de Edição: 2016
Nº de Páginas: 200

Sobre a obra:
Em janeiro de 1936, Estaline assistiu à apresentação da muito aclamada ópera de Shostakovitch, Lady Macbeth de Mtensk, no Teatro Bolshoi, em Moscovo. O compositor ficou muito perturbado com a intempestiva e prematura saída do líder do camarote, acompanhado pela sua comitiva. Dois dias depois aparecia no jornal Pravda uma crítica com o título «Chinfrim em vez de Música», escrita provavelmente pela pena do próprio Estaline. Diz Julian Barnes sobre o livro: «A colisão entre Arte e Poder - e o exemplo específico de Shostakovitch - é o coração do meu romance. Shostakovitch foi, durante meio século, o compositor mais celebrado da União Soviética, desde o sucesso mundial da sua Primeira Sinfonia, em 1926 (tinha ele 19 anos), até à sua morte, em 1975. No entanto, ele foi também o compositor que, na História da Música ocidental, foi mais perseguido, e durante mais tempo, pelo Estado e que sofreu pequenas e caprichosas interferências e ameaças de morte, passando por uma longa e constante coação e intimidação. Em muitas ocasiões, sob a ditadura estalinista, Shostakovitch temeu pela sua vida, com razão. […] "A História, assim como a biografia, irá desvanecer-se. Talvez um dia, fascismo e comunismo sejam apenas palavras num livro de texto. Nessa altura […], a sua música será apenas música." À medida quo o ruído do tempo diminui, é mais fácil ouvir melhor a música de Shostakovitch. O melhor sobrevive. Também é mais fácil ver o homem propriamente dito: complicado, cheio de conflitos e de princípios, que se condena, leal, teimoso, astuto, divertido, sarcástico e pessimista, cuja existência consistia inteiramente na sua música.»
Sobre autor:
Julian Barnes nasceu em Leicester em 1946. É autor de mais de uma dezena de livros, alguns publicados pela Quetzal como O Papagaio de Flaubert e Nada a Temer. A sua obra está traduzida em trinta idiomas, e três dos seus romances foram finalistas do Booker Prize. Barnes foi o único escritor galardoado com o Prémio Medicis e o Prémio Femina (com O Papagaio de Flaubert). Foi ainda distinguido com o Prémio do Estado da Áustria para escritores estrangeiros e, mais recentemente, com o David Cohen Prize. O Sentido do Fim, o seu mais recente romance agora publicado pela Quetzal, acaba de receber o Man Booker Prize 2011.Julian Barnes foi casado com a agente literária Pat Kavanagh até à morte desta, em 2008, e vive em Londres.
Imprensa:
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