Data de Edição: 2016
Nº de Páginas: 312
Sobre a obra:
Em Istambul, confluência de mundos, uma estranha escada desperta a atenção do autor deste romance, que decide ir atrás da sua história. Ela confunde-se, porém, com a saga dos seus construtores.
Conhecidos como os «Rothschild do Oriente», os judeus Camondo erraram pela Europa até se instalarem em Istambul, onde viriam a tornar-se banqueiros do sultão e grandes filantropos. Abraham-Solomon, o patriarca, era o judeu mais rico do Império Otomano e combateu a maldição do judaísmo na Turquia fundando escolas que respeitavam todos os credos e legando ao filho e aos netos a importância da caridade e do mecenato. Já em Paris, o seu bisneto Isaac, amigo dos pintores impressionistas, doaria ao Museu do Louvre mais de cinquenta quadros de Monet, Manet e Degas; e o seu primo Moïse, devastado pela morte do filho na Primeira Guerra Mundial, abriria um museu que ainda hoje pode ser admirado e visitado na capital francesa. E, porém, apesar do seu poder e da sua influência, poucos conhecem a história desta família magnânima. O mistério explica-se: sobre a dinastia Camondo abateu-se uma fatalidade - a sua fortuna e o seu sangue eclipsaram-se nos campos de extermínio de Auschwitz.
Em A Escada de Istambul, Tiago Salazar resgata do esquecimento várias gerações desta família e compõe, a partir de factos e documentos reais, uma ficção na qual ele próprio deambula como personagem.
Sobre autor:
Tiago Salazar nasceu em 1972. Eterno finalista de Relações Internacionais, debutou no Semanário como jornalista, em 1991. Escreveu sobre artes plásticas, livros, cinema, pessoas célebres (e menos célebres), política, economia, sociedade, desporto e obituários. Mantém-se no activo como promitente escritor e andarilho profissional, ofício a que ninguém reconhece seriedade.
No Paleolítico Superior publicou contos no «DN Jovem» e no «DNa», do Diário de Notícias, no Expresso e na revista Ficções. Fez guiões para televisão, foi assessor do gabinete de imprensa do Instituto Camões e co-comissário de um salão internacional de artes plásticas. Colaborou ainda (orgulhosamente) com o Jornal de Monchique, onde assinou a coluna «Pirilampo Trágico», fez parte da equipa fundadora da revista Blue Travel e assinou a rubrica «Escapadas» do jornal Correio da Manhã. Tem ainda colaboração eclética e dispersa por outras revistas e jornais, da elegante defunta Grande Reportagem ao eterno Borda d'Água.
É autor de dois livros de viagens, Viagens Sentimentais (2007) e A Casa do Mundo (2008).
Imprensa:-