Nº de Páginas: 704
Sobre a obra:
Moby-Dick, obra prima de Melville, o mais experimental dos romances, é a história de um louco e da sua vingança. Depois de ter sido mutilado por uma baleia, o capitão Ahab procura vingar-se. A baleia é Moby Dick, um ser gigantesco, o terror dos baleeiros.
Pequod é o navio, em que Ahab instala um poder tirânico com o único propósito de abater o monstro dos mares, objecto de toda a sua raiva. Melville leva-nos por uma viagem inolvidável, uma rota orientada pelo desespero, a loucura e a crueldade. Este livro é hubris pura: conflito, confronto, ressentimento e ódio. É a aventura e o romance convertidos em mito. Um dos livros mais importantes jamais escritos. Entre as tábuas do Pequod, concentra-se toda a humanidade. A beleza e a tragédia do ser humano, cercado por um impiedoso oceano e dominado pelo turbilhão de uma vingança sem sentido. A luta do homem contra o homem, a luta do homem contra a natureza. No fim, a inevitável derrota. Um livro para ler e reler, que inclui ainda um ensaio de D.H. Lawrence sobre Moby-Dick.
Sobre autor:
Herman Melville. Nasceu em 1819, em Nova Iorque, numa família de comerciantes. Deixou a escola aos 12 anos e nunca andou na universidade. Em 1839, sem emprego, aceitou trabalhar a bordo do St. Lawrence, um navio que fazia a carreira entre Nova Iorque e Liverpool. Viajou noutros navios mercantes e participou na caça à baleia no Pacífico, chegando a arpoador. Desertou de um desses barcos e foi capturado por canibais, na Polinésia. Sobreviveu e entrou num motim, noutro barco. Foram essas viagens, enfim, que lhe incendiaram a imaginação e inspiraram o extraordinário escritor que foi.
Em 1846, publicou Typee, seu primeiro livro, a que se seguem outros de temática e aventuras marítimas. Em 1851, escreve Moby-Dick, obra maior da literatura mundial. O livro foi ignorado pelo público e pelos críticos. Em vida de Melville, nos EUA, Moby-Dick terá vendido cerca de 3000 exemplares.
Abalado pela fraca recepção dos seus livros, Melville abandona gradualmente a literatura. The Confidence-Man, de 1857, seria o último romance editado em vida. Publicou vários títulos de poesia, romance e conto, destacando-se Bartleby e Billy Budd, dois dos seus textos mais populares. Morreu em 1891, completamente esquecido. A sua obra só seria redescoberta no século xx.
Imprensa:
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