Nº de Páginas: 784
Sobre a obra:
Os Buddenbrook narra a ascensão e a decadência de uma família burguesa alemã através de quatro gerações. Mais do que a crónica em torno da vida e costumes dos seus personagens, este romance é a metáfora exemplar das contradições e dilemas de uma classe, cujo poder e domínio se constroem sobre a fraude, a hipocrisia e a alienação.
Ao mesmo tempo, como posteriormente acontecerá nos seus principais romances, Thomas Mann propõe e desenvolve o tema da arte como a instância privilegiada em que o homem pode reflectir sobre si, a sua época e o seu meio.
Thomas Buddenbrook, o homem que, como Gerda relembra à cunhada, «passou a vida inteira a tentar que não se descobrisse um grão de poeira na sua roupa», acaba numa poça de lama e sangue.
«É uma ironia, e uma infâmia que o fim chegue desta maneira!», observa ainda a mulher do senador.
GILDA LOPES ENCARNAÇÃO, in Perfácio
Sobre autor:
Thomas Mann nasceu em 1875, na cidade alemã de Lübeck. A sua carreira literária inicia-se de modo fulgurante em 1901, com a publicação de Os Buddenbrook. Seguiram-se-lhe obras como Tonio Kröger, A Morte em Veneza e A Montanha Mágica, entre outras, que lhe valeram a atribuição do Prémio Nobel em 1929. Em 1933, com a subida de Hitler ao poder, Mann muda-se primeiro para a Suíça e depois para os EUA, onde lecionou na Universidade de Princeton e se naturalizou americano. São desta época obras como a tetralogia José e os seus Irmãos, Lotte em Weimar e Doutor Fausto. Thomas Mann morreu em 1955, em Zurique.
Imprensa:
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