Contraponto | "Diário de Um Dromedário" de Paulo Abrunhosa; Ilustração: Paulo Anciães Monteiro

P.V.P.: 14,94 € 
(à data da publicação deste post)
Nº de Páginas: 264


Sobre a obra:
Paulo Abrunhosa foi um agitador cultural, um homem com o vício de brincar com as palavras ("Dai-me/um part-time,/que eu aceito./De preferência, a trabalhar para um mundo perfeito!"). A rima emparelhada, em versos que não formam poemas, dá ritmo a textos extravagantes e ricos semântica e foneticamente, nos quais quase nunca as palavras se repetem.



Este livro ("Deseja saber o que é?/Dirija-se a outro guichet!"), que conta com desenhos de PAM (Paulo Anciães Monteiro), pode ser lido ("É um completo nonsense/pedir-lhe que pense!") como um manual de sobrevivência de um desalinhado na sociedade pós-moderna ("Antes o caos/que os maus!"), mas não deixará nunca de ser, sobretudo, uma forma de conhecer o universo e o talento de Paulo Abrunhosa ("Construí o meu ego/como um castelo da Lego:/um edifício/fictício,/feito de múltiplas peças./Só espero não as ter encaixado às avessas.").


Sobre autor:
Paulo Abrunhosa nasceu no Porto, em 1958, cidade na qual viveu e estudou até, depois de cumprir o serviço cívico obrigatório, se matricular, em 1980, na Universidade de Coimbra. Avesso a todo o establishment, recusa alinhar com as gerações engravatadas do seu tempo. Em 1987, funda, em colaboração com o seu irmão Nuno, a revista "Metro", a primeira de distribuição gratuita em Portugal. A morte apanhou-o aos quarenta e três anos, no auge das suas capacidades, não lhe tendo consentido concluir este trabalho, cujos prefácios e epílogo deixou incompletos.

Imprensa:
"Diário de Um Dromedário é livro suficiente para semear o vício inestimavelmente excêntrico de brincar com palavras."
Mário Santos, PÚBLICO

“O Paulo Abrunhosa era um grande poeta, com uma sensibilidade fora do normal. Um dia alguém me disse – já não sei quem, mas concordei – que era um Pina a quente.”
Do prefácio de Rui Moreira

“O Paulo sabia que o acto das palavras é um acto de resistência. Legou-nos o seu Diário de um Dromedário, um livro autêntico, incandescente, inspirador, desafiador e desencaminhador. Um livro pleno de te(n)são poética e singeleza.”
Do prefácio de João Gesta

“O Paulo era um príncipe da palavra, alguém que se deslocava entre a suavidade das nuvens e a tempestuosidade da certeza com que se batia pela sua visão do mundo. Não era fácil ser o seu imrão mais novo, mas com que saudade recordo as discussões que mantínhamos e nas quais eu me afundava numa sensação de pequenez e ignorância.”
Do posfácio de Pedro Abrunhosa

“Neste seu Diário-Alfabético-Profético PA mergulha na tradição de chaves mágicas doutrinárias primeiras, com o objectivo (que também era o de Walter Benjamin) de terminar em cada caso a figura do mais antigo no que havia de mais novo.”
Do posfácio de Paulo Anciães Monteiro

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