Quetzal Editores | "Putas Assassinas" de Roberto Bolaño

P.V.P.: 15,93 € 
(à data da publicação deste post)
Nº de Páginas: 248


Sobre a obra:
Em Putas Assassinas, a realidade confunde-se com o sonho, a vida com a morte, o mar com a terra, os homens com as mulheres. É uma ficção autobiográfica ou uma autobiografia ficcional? Bolaño deixa o leitor decidir o que, em cada prosa, é memória ou fantasia no derradeiro livro de histórias publicado em vida do autor e onde estão presentes as características centrais da obra do escritor chileno. Com uma verve inesgotável, torna-se fácil de perceber porque é que, à data sua prematura morte, aos 50 anos, em 2003, Bolaño era já considerado um dos principais escritores latino-americanos. Susan Sontag considerou-o «o mais influente romancista da sua geração no mundo de língua espanhola». Vivendo na obscuridade até à década de 1990 e sobrevivendo no exílio graças a trabalhos precários e temporários, esta fragilidade reflete-se no desenho de personagens e situações inesquecíveis, surreais e cativantes.

Este é um livro indispensável para os amantes da obra de Roberto Bolaño, autor de referência da Quetzal – que tem vindo a publicar o conjunto da sua obra, incluindo inéditos como O Espírito da Ficção Científica, que chegou às livrarias em março passado. De recordar que Putas Assassinas faz parte do destaque que a Quetzal Editores tem estado a dar ao autor ao longo de 2017 (o ano Bolaño), que contará ainda com novas edições das suas obras mais emblemáticas, incluindo, já em setembro, uma nova tradução de Os Detetives Selvagens.
Cristina Rodriguez e Artur Guerra assinam a tradução de mais uma obra de Roberto Bolaño.

«As mulheres são putas assassinas, Max, são macacos transidos de frio que contemplam o horizonte numa árvore doente, são princesas que te procuram na escuridão, chorando, indagando as palavras que nunca poderão dizer», dias a personagem (uma assassina?, uma prostituta?, ambos?) na história que dá título a este livro. Em «Últimos entardeceres na Terra» há uma viagem para Acapulco que se transforma num pesadelo. Em «Buba», uma história de futebol em três partes: a de um futebolista sul-americano, a de um jogador africano e de um espanhol, e a da sua equipa do coração, que poderia muito bem ser o Barcelona; em «Caderninho de Baile» são apresentadas 69 razões para não falar com Pablo Neruda; em «Prefiguração de Lalo Cura» mergulhamos num mundo de traficantes de droga e realizadores de pornografia — finalmente, em «Fotos» regressamos aos mistérios de Arturo Belano, o protagonista de Os Detetives Selvagens. Um livro interminável.

Sobre autor:
Roberto Bolaño nasceu em 1953, em Santiago do Chile. Aos 15 anos mudou-se com a família para a Cidade do México. Durante a adolescência leu vorazmente e escreveu poesia. Fundou com amigos o Infrarrealismo, um movimento literário punk-surrealista, que consistia na «provocação e no apelo às armas» contra o establishment das letras latino-americanas. Nos anos 70, Bolaño vagabundeou pela Europa, após o que se instalou em Espanha, na Costa Brava, com a mulher e os filhos. Aí, dedicou os últimos 10 anos da sua vida à escrita. Fê-lo febrilmente, com urgência, até à morte (em Barcelona, em julho de 2003), aos 50 anos. A sua herança literária é de uma grandeza ímpar, sendo considerado o mais importante escritor latino-americano da sua geração – e da atualidade. Entre outros prémios, como o Rómulo Gallegos ou o Herralde, Roberto Bolaño já não pôde receber o prestigiado National Book Critics Circle Award, o da Fundación Lara, o Salambó, o Ciudad de Barcelona, o Santiago de Chile e o Altazor, todos atribuídos a 2666, unanimemente aclamado o maior fenómeno literário da última década.

Imprensa:
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