Cavalo de Ferro | "A Consciência das Palavras" de Elias Canetti

P.V.P.: 17,99 € 
(à data da publicação deste post)
Nº de Páginas: 320


Sobre a obra:
«Pode, à primeira vista, parecer algo estranho encontrar juntas aqui figuras como Kafka e Confúcio, Büchner, Tolstói, Karl Kraus e Hitler, catástrofes das mais terríveis proporções, como Hiroxima, e considerações literárias sobre a redação de diários ou a criação de um romance. Mas, para mim, impunha-se precisamente pô-las lado a lado, pois só aparentemente se trata de coisas inconciliáveis. O público e o privado já não se podem separar um do outro, interpenetram-se de um modo antes inaudito.» 



Com este volume de ensaios, até à data inteiramente inéditos em Portugal, Elias Canetti «agarra o século XX pelos colarinhos» e oferece ao leitor de hoje a compreensão do seu próprio tempo e mundo através do poder das palavras: ou não seria o escritor um «guardião das metamorfoses», capaz de trazer dentro de si as mais diferentes e contrastantes personagens, de lhes dar forma e ordem, «opondo ao caos do mundo a veemência da sua esperança».

Sobre autor:
PRÉMIO NOBEL DA LITERATURA 1981

Escritor de nacionalidade inglesa, Elias Canetti nasceu a 25 de julho de 1905 em Ruse [Rustschuk], uma pequena cidade portuária búlgara situada nas margens do Danúbio. Oriundo de uma família judaica sefardita abastada, teve um percurso linguístico pouco usual. Começou por aprender ladino, um dialeto espanhol arcaico falado pelos sefarditas, logo búlgaro, inglês e, mais tarde, o alemão, idioma que adotou para as suas criações literárias.
Quando contava apenas seis anos de idade, acompanhou a família na sua mudança para a cidade de Manchester, em Inglaterra, mas a morte do pai fez com que a sua mãe partisse para Viena de Áustria, onde Canetti pôde aprender alemão.
A partir de 1916 e até 1921 estudou em Zurique, começando a escrever por esta altura. De visita a Berlim em 1928, frequentou os círculos literários judaicos, chegando a conhecer nomes como Bertold Brecht e Isaak Babel. Em 1929 doutorou-se em Química pela Universidade de Viena, não deixando no entanto de escrever.
Em 1932 apareceu Die Hochzeit, uma comédia de costumes, a que se seguiu Die Blendung (1935), romance alegórico que conta a história de um filólogo que conhece a fundo a língua chinesa, mas que é incapaz de entender as pessoas que o rodeiam. Este último foi interdito pelas autoridades alemãs.
Em 1938 refugiou-se em Paris, na tentativa de escapar às perseguições movidas pelos Nacional-Socialistas, mas com a deflagração da Segunda Guerra Mundial procurou abrigo em Inglaterra, onde permaneceu grande parte da sua vida.
Em 1950 publicou Komödie Der Eitelkeit (Comédia da Vaidade), uma das peças de teatro pioneiras no género do absurdo, e dez anos depois foi a vez de Masse Und Macht (1960, As Massas e o Poder), obra dedicada ao estudo da psicologia das multidões e que denegria a imagem do povo alemão. Após o aparecimento de várias obras de sucesso, entre as quais Die Stimmen Von Marrakesch (1968), Canetti publicou Der Andere Prozess: Kafkas Briefe Am Felice (1969), obra que reconhecia Kafka como um escritor poderoso.
Vencedor de inúmeros prémios e honrado com vários títulos honoríficos, Canetti foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura em 1981. Faleceu em Zurique a 13 de agosto de 1994.

Imprensa:
«Hoje, ninguém pode compreender a tragédia do século XX sem ler a sua obra.»
Guilherme d'Oliveira Martins

«Descobrir Canetti pela primeira vez é quase como descobrir, sem aviso prévio, uma obra de arte complexa e gratificante.»
The New York Times

«A sua escrita consegue captar a absoluta particularidade da vida humana, algo que nenhum sistema teórico alguma vez conseguirá fazer.»
New Statesman

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