Quetzal Editores | "O Solilóquio do Rei Leopoldo" de Mark Twain

12,96 € | 128 pág


Sobre livro:
O Solilóquio do Rei Leopoldo é um pequeno livro publicado em 1905 por Mark Twain. Trata-se de um texto de sátira política, um monólogo do rei Leopoldo II, da Bélgica, que discursa para se defender das acusações de atrocidades cometidas entre 1885 e 1908 no chamado «Estado Livre do Congo», um grande território cuja administração foi exercida pessoalmente pelo rei belga - e não pela Coroa ou pelo Estado. Leopoldo II submeteu a população local a condições de vida e de trabalho degradantes e a uma repressão violenta e desumana, com o objetivo de aumentar os lucros da extração de diamantes, borracha e marfim. A partir de 1900 começaram a surgir denúncias sobre os crimes e o horror vividos no Estado Livre do Congo - e em 1899 é publicado O Coração das Trevas, de Joseph Conrad, um retrato desse universo pavoroso. 

Em 1904, Roger Casement (a personagem de O Sonho do Celta, de Mario Vargas Llosa), cônsul britânico no Congo, elabora um relatório sobre as atrocidades e a desumanidade da administração do rei Leopoldo - que levaria o Parlamento belga a anexar o território, retirando-o ao rei. E, nos Estados Unidos da América, Mark Twain associa-se a uma campanha internacional contra Leopoldo II. Por isso, o seu texto não é apenas um panfleto político: é também uma denúncia vigorosa, sarcástica e burlesca do colonialismo e do racismo.

Sobre autor:
Pseudónimo de Samuel Langhorne Clemens, escritor norte-americano nascido em 1835, na Florida. Quando tinha 4 anos a família mudou-se para Hannibal, na margem do Rio Mississípi. O pai de Twain morreu em 1847 e ele tornou-se aprendiz de impressor (1847-55). Entre 1853-54 viajou pelos diversos estados, trabalhando como impressor. Após uma breve viagem ao Brasil, tornou-se piloto fluvial no Mississípi (1857-61). Nessa época adotou o pseudónimo de Mark Twain, que na linguagem de verificação da profundidade dos rios significa "duas marcas" na sonda. Foi jornalista e conquistou a atenção do público com o conto The Celebrated Jumping Frog of Calaveras County, publicado em 1865 num jornal e depois editado em livro com outros ensaios (1867). Em 1867 Twain visitou a França, a Itália e a Palestina, recolhendo material para o seu livro The Innocents Abroad (1869), que estabeleceu a sua reputação de humorista. Twain casou em 1870 e fixou-se em Hartford, Connecticut. Dois anos depois publicou Roughing It, e em 1873 The Gilded Age. Em 1876 foi publicada a primeira das suas grandes obras, The Adventures of Tom Sawyer, romance baseado nas experiências da adolescência do autor no Rio Mississípi. No seu livro seguinte, A Tramp Abroad(1880) o autor revisitou a Europa, regressando ao seu território com Life on the Mississippi. A obra-prima da carreira literária de Twain, The Adventures of Huckleberry Finn, foi publicada em 1884. O livro, que à semelhança de Tom Sawyer parecia um livro para jovens, constituía na realidade uma fábula da América urbana e industrial que na época de Twain ameaçava o sonho de liberdade junto da natureza. Huck representava muitas das aspirações da sociedade americana, com as quais o público facilmente se identificou. O romance estabeleceu definitivamente Twain como um dos grandes humoristas da literatura mundial. Entretanto foram publicadas outras obras do autor: A Connecticut Yankee in King Arthur's Court (1889), The Tragedy of Pudd'nhead Wilson (1894) e Personal Recollections of Joan of Arc (1896). A década de 1890 foi marcada por dificuldades financeiras e nos últimos anos de vida o gosto de Twain pela caricatura burlesca deu lugar a um pessimismo satírico. A dimensão irónica do mundo e em particular do sonho americano revelaram a nova paisagem americana em toda a sua materialidade. Twain morreu em Abril de 1910. A sensibilidade do escritor, dividida na transição da América para a era industrial, influenciou particularmente William Dean Howells, amigo próximo de Twain.

Imprensa:
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