"O Dom Profano Considerações sobre o carisma" de José Sócrates | Sextante

P.V.P.: 12,96 € 
(à data da publicação deste post)
Data de Edição: 2016
Nº de Páginas: 160
O mais recente livro de José Sócrates, O dom profano – Considerações sobre o carisma, é publicado amanhã pela Sextante Editora. No dia seguinte, a 28 de outubro, realiza-se a sessão de lançamento em Lisboa, pelas 18:30, no Auditório I do Centro de Reuniões da FIL. O livro será apresentado pelo deputado Sérgio Sousa Pinto.
Em O dom profano, o autor percorre a história do carisma, primeiro na teologia de S. Paulo, onde nasceu como conceito religioso, até à sua transformação em categoria da sociologia política na obra de Max Weber: «o que mais persistentemente ficou no meu espírito foi a desconfiança do autor [Max Weber] relativamente ao poder dos aparelhos burocráticos e a aversão ao regime de funcionários. A atual crise europeia levou-me a regressar a Weber e a este tema, cem anos depois. Esta é a razão do livro.
Na ciência política, a questão do carisma é, no essencial, uma discussão sobre liderança. Durante muito tempo, na cultura política europeia este debate foi residual. Afinal, pensava-se que podíamos aperfeiçoar as democracias pondo de lado, com vantagem, a dimensão pessoal da política e substituindo-a pela discussão sobre ideias e programas. Qualquer valorização das questões da liderança ecoava como suspeita perante as regras da democracia. O fantasma dos totalitarismos carismáticos deixou uma longa herança. Este é o tema do livro.»
Sobre a obra:
Nos anos oitenta, numa reunião da Comissão Política do PS e no final de um debate cujo tema já nem recordo, o líder Vítor Constâncio sugeriu que lêssemos um pequeno livro - O Político e o Cientista. "Está lá tudo!" - disse. Comprei-o no dia seguinte e li Weber pela primeira vez. Recordo a impressão que me causou e o que era novo para mim - ética da convicção e da responsabilidade, liderança carismática, vocação política. Mas o que mais persistentemente ficou no meu espírito foi a desconfiança do autor relativamente ao poder dos aparelhos burocráticos e a aversão ao regime de funcionários. A atual crise europeia levou-me a regressar a Weber e a este tema, cem anos depois. Esta é a razão do livro.

Na ciência política, a questão do carisma é, no essencial, uma discussão sobre liderança. Durante muito tempo, na cultura política europeia este debate foi residual. Afinal, pensava-se que podíamos aperfeiçoar as democracias pondo de lado, com vantagem, a dimensão pessoal da política e substituindo-a pela discussão sobre ideias e programas. Qualquer valorização das questões da liderança ecoava como suspeita perante as regras da democracia. O fantasma dos totalitarismos carismáticos deixou uma longa herança. Este é o tema do livro. 

Nas suas linhas gerais, este livro foi esboçado na prisão e, depois, desenvolvido com troca de impressões, sugestões de leituras e observações de muitos amigos com quem partilho afinidades eletivas na política. Devo muito a essa "política de camaradagem" e agradeço a todos, que aqui se reconhecerão. Especial agradecimento devo ao Reitor e aos Professores de Filosofia Política da Universidade da Beira Interior, cujas discussões no Seminário sobre Carisma e Democracia muito me ajudaram. Aqui encontrarão ecos do que discutimos. Mas é claro que o que aqui fica escrito só a mim vincula. Este foi o tempo do livro.
Sobre autor:
José Sócrates foi eleito, pela primeira vez, deputado em 1987. Foi secretário de estado, ministro-adjunto e ministro do Ambiente. Foi primeiro-ministro de 2005 a 2011. Foi secretário-geral do PS entre 2004 e 2011.
É licenciado em Engenharia Civil. Fez o MBA no ISCTE e é mestre em Ciência Política por Sciences Po. É autor do livro A Confiança no Mundo – Sobre a tortura em democracia.
Imprensa:
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