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Opinião:
Tinha uma curiosidade bastante elevada para ler este livro, mas afinal...
Então é assim, a história começa com a visita de Maria Inês, a casa de Dona Ana Gusmão, esta uma senhora de idade e de bens que fora em tempos amiga da avó da nossa Maria Inês, que é a personagem central desta história, começa com queixas da sua filha Marianinha, contra o marido e os filhos dela, seus netos, Jorge e o outro mais novo, que seriam como o seu pai um comunista e etc... Mas é nesta visita, que acontece poucos dias antes de Dona Ana Gusmão falecer, que esta decide dar a Maria Inês, uma cruz de madeira sem Cristo, daí ser uma cruz vazia.
É no funeral de Dona Ana Gusmão que Inês conhece o seu neto, Jorge, e que passa a ter um papel constante ao lado de Inês, em diversos encontros ocasionais ou não, estes vão-se conhecendo e até um dado momento criou-me a ideia que iria existir um caso entre eles, mas afinal, a insistência em tocar no assunto do antigo namorado de Inês, por parte de Jorge, e o incentivo ao seu contacto e a questão se esta teria ou não, esquecido Luís, leva-nos a pensar isto mesmo.
Durante a história, Inês lida com o pai, ex-médico, que acaba por falecer, uma pessoa muito reservada, de poucas falas e de poucas saídas, encontra-se sempre em casa e nem mesmo à comunhão do seu neto Miguel acaba por ir. Existe um pouco de ambiente natalício e de festa mas tudo muito discreto, mesmo estando presente Inês e o seu irmão Fernando, com a esposa Elisa e os seus 3 filhos.
Miguel toma um papel relevante na história, dado que ele, ao contrário da sua irmã Joana, acompanha a tia, juntamente com a governanta da casa do pai de Inês, Guilhermina, e com Jorge, vai passar uns dias à casa na praia do Veleiro, após o funeral do pai de Inês. Lá ele começa a contar à tia histórias que lhe acontecem e pede segredo sobre o que lhe conta, sobre as conversas com Deus e as visitas nos seus sonhos, da sua vocação e aquilo que pretende do futuro, uma criança muito católica e seguidora da palavra.
Um ponto que me escapava aqui, era o facto da ligação que ao longo da história vai aumentando entre Inês e a cruz, e as interrogações sobre o facto de a cruz ser vazia.
Bom assim por alto está a história contada, contudo, retomando o início da opinião, o livro ficou aquém do que esperava, eu pensei algo mais completo, ficou assim algo vazio, fez-me lembrar uma história inocente, só com tristezas e que chega ao final e não causa impacto, pelo nível que vai mantendo, mesmo tendo acabado assim de forma estranha.
As personagens faltam detalhes, o que não é muito relevante aqui, mas mesmo assim, poderiam ser mais exploradas.
Passamos a história sempre a ler recordações da irmã falecida da mãe, e daqueles que partiram, é um pouco exagerado, até mesmo o facto das interrogações da cruz são um pouco exageradas, não pela quantidade que se fala dela, mas pela expectativa que nos cria e depois não tem qualquer segredo nem mesmo nada de explicativo, assim que nos deixe satisfeitos.
A moral da história é que cada um tem a sua cruz, e que Cristo ausenta-se dela para olhar por cada um.
É uma história agradável de ler, acho que deve ser mais para um público jovem, mas por outro lado também nos dá para pensar um pouco e quem vive preso no passado pode ser uma oportunidade de se verem ali retratados. Daí aconselho esta como sendo uma leitura diferente, e aliás os gostos e as opiniões são relativas, daí podem vir daí excelentes opiniões sobre a obra.
Apesar de tudo aquilo que referi, gostei de ler o livro.
Lendo este resume a história parece incrível!
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