No Harém de Kadhafi de Annick Cojean

P.V.P.: 13,95 € 
Data de Edição: 2014
Nº de Páginas: 224
Editora: Albatroz
No Harém de Kadhafi
O relato, na primeira pessoa, de uma prisioneira do ex-líder árabe

No dia 7 de fevereiro, sob a chancela Albatroz, é publicado No Harém de Kadhafi, um livro que relata na primeira pessoa a história de uma das escravas sexuais de Muammar Kadhafi, escrito pela mão da grande repórter do Le Monde Annick Cojean.
Surpreendente e inquietante, este é um testemunho atual de Soraya, uma rapariga capturada aos 15 anos pelo então Chefe de Estado da Líbia. Neste livro, ela revela os crimes que viveu e testemunhou até conseguir fugir do quartel-general de Bab Al-Azizia.
Annick Cojean conheceu Soraya logo após a morte de Kadhafi, em Trípoli, e foi ela a confidente de uma história e de um tempo sobre os quais a Líbia ainda não quer falar.
Sobre a obra:
Soraya tem apenas 15 anos quando, certa manhã, recebe a notícia da visita do líder da Líbia, Muammar Kadhafi, à sua escola. Como praticamente todos os jovens líbios, também ela cresceu no culto da veneração ao Guia, encarado como um deus, vivendo «num olimpo inatingível». Quando é apresentada ao Coronel, este pousa uma mão sobre a sua cabeça e acaricia-lhe os cabelos. A vida de Soraya, a sua infância e todas as esperanças de futuro terminam nesse exato momento, pois com esse gesto o Guia acabou de indicar às suas guardas que Soraya passará a ser sua escrava sexual. Nos anos seguintes, Soraya é torturada, violada, espancada, obrigada a consumir álcool e drogas. Tenta por várias vezes escapar, e consegue mesmo fugir do país, mas o regime de terror em que vive torna-a frágil, incapaz de interagir com os outros de forma saudável. Nem sequer a morte e o desaparecimento dos seus algozes vem apaziguar o medo, a vergonha, a revolta. A jornalista Annick Cojean foi a fiel depositária desta e de outras histórias, conduzindo uma investigação que traz a lume a utilização das mulheres líbias como armas de guerra no seio de uma sociedade corrompida, cuja população é, ainda hoje, simultaneamente vítima e cúmplice da uma política de silêncio que urge romper, para que se faça finalmente justiça.
Sobre autor:
Grande repórter do jornal Le Monde, presidente do júri do Prémio Albert Londres, que obteve em 1996, Annick Cojean é uma das jornalistas de maior renome da imprensa francesa. É autora de vários livros, entre os quais se destacam FM, la folle histoire des radios libres, escrito em coautoria com Frank Eskenazi, e Retour sur images.
Imprensa:
Este não é um livro, é uma bomba.
Salon Littéraire

Raptos, violações, humilhação. Este foi o destino de inúmeras mulheres, mantidas à mercê do coronel Kadhafi. Neste livro chocante, Annick Cojean dá voz a essas mulheres [...]
Elle (França)

É difícil não nos comovermos perante o relato da crueldade que um só homem conseguiu infligir a tantos. [Mas a] persistência [de Annick Cojean] e a coragem de Soraya foram recompensadas. O facto de o livro de Cojean ter sido traduzido para árabe e estar agora disponível na Líbia oferece um pequeno raio de esperança para o futuro.
Independent

No sentido oposto da imagem de um Kadhafi “sufragista”, [este livro] revela a exploração sexual [de que foi alvo] um país inteiro.
Le Point

No Harém de Kadhafi é ao mesmo tempo comovente, aterrorizador e inquietante.
24 Heures

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem