Opinião - "Bem Vindos a Joyland" de Stephen King | Bertrand Editora


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Opinião:
Este foi o primeiro livro que li do autor e este serviu de convite para começar a comprar livros do autor. O que mais me chamou a atenção foi a capa e o título (como é possível?!), pois aquela cara do palhaço com ar sinistro, aquele corvo e aquele ar misterioso.
Devin Jones, já nos seus 60 anos começa por narrar a sua aventura no verão de 1973 junto à praia. Jovem universitário (naquela altura), que vai à procura de trabalho de verão tal como a sua namorada Wendy, mas este vai em direcção da praia, rumo ao parque de diversões Joyland. Neste parque ele faz novas amizades com o staff permanente, Freddy Dean, Lane Hardy, Eddie Parks, e também com os que tal como ele vão à procura de uma trabalho de verão, contudo os maiores laços ficam com Tom e Erin. Devin, fica numa pensão junto ao mar, onde não há luxos, mas onde encontra bom ambiente, gente de bem e amiga, a dona é a Senhora Shoplaw.  Após ser admitido ele sabe que existe um misterioso caso por resolver – a morte de uma rapariga, Linda Gray, no comboio fantasma. O fantasma da rapariga é vista após vários anos por alguma pessoas que viajam nessa diversão e isto rouba toda a atenção de Devin. Conhece ainda Mike, um miúdo muito especial, e a sua mãe Annie, que cria laços fortes com Dev. Dev, durante toda a sua permanência no parque vai focar atenções junto com Erin, em descobrir o caso do assassino que anda em figa e que poderá ser o mesmo assassino de outras raparigas em condições similares às de Linda Gray, e esta investigação traz-nos um final surpreendente e empolgante.

Dev, ao narrar anos depois essa sua aventura passada, mostra como mudou durante o seu tempo em Joyland, como passou a sentir falta da família, a olhar para os sonhos e promessas de amor doutra forma, acaba por procurar a paz no seu quarto com leituras e com um óptimo gosto musical (the Doors) , vai acabar por viver aventuras que não esperava, vai ser visto como um herói pelas suas intervenções, é uma personagem muito simpática. Acaba por sentir atracção por Erin que é uma jovem bastante interessante e inteligente, mas quando acaba por conhecer Annie, começa a ver as coisas de outra forma. Annie aparece como a filha rebelde de alguém de classe alta, alguém  importante e influente, que não vê o pai e não seguiu aquilo que ele esperava, sendo que acho mesmo que pela época e forma de ela estar e agir, me parece que ela se enquadre numa hippie, mas… não estou 100% certo disso, mas eu apontaria que sim. Das personagens descreveria mais um pouco Erin, Mike, Senhora Shoplaw, talvez Lane Hardy que é super amigo e misterioso,  e o dono do parque que é respeitável e pouco afável, mas no fundo é boa pessoa e fico-me por aqui.
Personagens muito bem criadas, num ambiente mágico e de diversão, algumas envoltas de mistério, outras amáveis, outras ainda frias e com ar temível, são assim os dias em Joyland, temos ainda uma personagem que achei muito curioso e gostei o facto de o autor a ter colocado no livro, esta é super especial, cheia de sonhos, dotado de um dom especial, mas em fim de vida, passa-nos a mensagem de que nem tudo é mau e que há sempre um caminho a seguir.
Quando li Joyland e todo o cenário envolto tais como, os nomes das diversões, a forma como estas estavam, a avenida, o parque mesmo em cima do areal, com os passadiços de madeira, aquele por do sol e tempo de verão, apenas me vinha à cabeça as imagens das diversões, das barraquinhas, dos restaurante e pensões de  Coney Island em Brooklin, NY. 
Para uma estreia com o autor, não foi má experiência, apesar de ter sido um sacrifício e uma seca até às página 100, não pela escrita que é muito simples (mesmo na versão em inglês) e fluída, mas sim porque esperava e desesperava que acontecesse algo em relação à assombração / fantasma de Linda Gray, que ela aparecesse, que desse um sinal, que houvesse uma morte, algo... A partir daqui tudo começou a fazer sentido, a ser uma leitura agradável, e quando Annie e Mike entram, passou a ser quase impensável pousar o livro. Como referi anteriormente, este livro abriu portas ao autor que apesar de género diferente já comecei a comprar a saga “A Torre Negra”.

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