"O Passageiro" de Ulrich Alexander Boschwitz | Cavalo de Ferro




Sobre livro:
Livro redescoberto 80 anos depois de escrito e celebrado como um caso editorial internacional.

Otto Silbermann é um respeitado comerciante judeu cuja vida muda drasticamente com a ascensão do nazismo. Surpreendido pelo clima de perseguição subsequente aos acontecimentos que ficariam marcados para a História como a Noite de Cristal, Silbermann vê-se obrigado a escapar, deixando tudo para trás: a sua casa, a mulher e os negócios.

Com toda a sua fortuna dentro de uma pasta, sem nenhum lugar para onde ir e ninguém que o queira auxiliar, Silbermann é agora um proscrito, um fugitivo. Resta-lhe comprar sucessivos bilhetes de comboio e viajar sem destino certo, em busca de uma qualquer saída para a sua absurda situação. Torna-se um passageiro.

Publicado discretamente em língua inglesa numa versão não corrigida e esquecido num arquivo da Biblioteca Nacional Alemã, o manuscrito de O Passageiro só foi redescoberto recentemente, quase oito décadas depois, e por fim editado na sua língua original (depois de cuidadosamente revisto), tornando-se um verdadeiro caso literário internacional.

Tenso e vertiginoso, carregado de humor cáustico, O Passageiro respira a atmosfera labiríntica e angustiante de Kafka, ao mesmo tempo que evoca um dos mais negros períodos da História europeia.

Versão definitiva, traduzida do original alemão, revisto e editado por Peter Graf.


Sobre autor:
Ulrich Alexander Boschwitz nasceu em Berlim em 1915. Emigrou para a Escandinávia em 1935, onde publicaria o seu romance de estreia, Menschen neben dem Leben, graças ao qual pôde depois mudar-se para Paris e estudar na Universidade de Sorbonne. Após um período na Bélgica e no Luxemburgo, seguiu para o exílio em Inglaterra na companhia da mãe.
É na sequência da Noite de Cristal, em 1938, que escreve, em apenas quatro semanas, O Passageiro, um romance de traços autobiográficos que seria de imediato traduzido para língua inglesa, numa versão não definitiva. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, Boschwitz foi enviado para a Austrália onde viveu num campo de internamento.
Em 1942, teve autorização para regressar a Inglaterra, mas o navio onde viajava foi atingido por um torpedo alemão ao largo da costa dos Açores, causando a morte de todos os ocupantes. Boschwitz tinha vinte e sete anos.


Imprensa:
«Este romance é um milagre.»
Siiddeutsche Zeitung

 

Enviar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem